14ª Conferência Anpei de Inovação Tecnológica

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saiba + Uma fábrica virtual que já rendeu 400 contratos comerciais Case da Abrameq, que substituiu os maquinários físicos nas exposições do setor de calçados, será apresentado na 14ª Conferência Anpei

Uma fábrica virtual de calçados em 3D, semelhante a um game, que em três meses já gerou mais de 400 contatos comerciais e prospectou negócios potenciais no valor US$ 1,2 milhão. Este é o case de inovação que será apresentado pela Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para os Setores do Couro, Calçados e Afins (Abrameq), uma entidade sem fins lucrativos dedicada a pensar estrategicamente o setor, durante a 14ª Conferência Anpei, que realizada nos dias 28 e 29 de abril, no ExpoCenter Norte, em São Paulo. A fábrica virtual substitui em feiras internacionais do setor, a presença de física de máquinas e equipamentos para a fabricação de calçados. O case será apresentado na sessão temática Foco no Cliente, da Conferência.

Segundo Vinicius Fonte, gerente de projetos da Abramec, a fábrica virtual surgiu para contornar a burocracia e os custos de exposição de máquinas e equipamento para fabricação de calçado em feiras internacionais. “Para expor uma máquina numa feira do setor em outro país é preciso exportá-la e depois reimportá-la”, explica. “Isso é uma operação complicada e cara.” Com a nova ferramenta, os empresários interessados em adquirir uma dessas máquinas podem conhecê-la sem ter contato físico com ela, apenas vendo-a em 3D, num computador.” Na verdade, a fábrica virtual simula uma de verdade, com 21 equipamentos necessários para a produção de calçados, dividido por setores, como por exemplo, corte, preparação, costura e montagem.

Fonte explica que a fábrica virtual, que foi na Couromoda 2014, realizada em São Paulo, é um modelo, uma fábrica-conceito, cujas máquinas virtuais não são de uma marca específica. A ferramenta tem dois módulos, um para ser visto em computadores ou notebooks e outro para dispositivos móveis, como smartphones equipados com o sistema operacional Android. “No primeiro, é possível manipular um ambiente tridimensional, interagindo e observando em detalhes o tamanho das máquinas, seus movimentos e o processo de operação”, explica Fonte. Ou seja, é mais do que uma imagem ou fotografia dos equipamentos.

No segundo módulo, há simulações em 3D de equipamentos reais, de marcas específicas. “Nesse módulo, o usuário pode manipular cada uma das máquinas e obter suas informações técnicas e comerciais”, diz Fonte. “Na verdade, ele é um catálogo em 3D de máquinas e equipamentos produzidos no Brasil para a fabricação de calçados.” Ambos os módulos foram desenvolvidos de maneira que possam ser atualizados, com a inclusão de novos no mostruário, sem a necessidade de adoção de novas tecnologias para futuros upgrades.

De acordo com Fonte, o objetivo do projeto da fábrica virtual é ser um canal para demonstrar as tecnologias oferecidas pelas indústrias brasileiras de máquinas para calçados. “Ela possibilita aos fabricantes de calçados da América Latina, o público alvo, terem acesso a melhorias nos processos fabris, cuja utilização resultará em ganhos de produtividade e garantia de padronização na qualidade do produto”, explica. “Além disso, aumenta e consolida a presença da marca do setor brasileiro de equipametnos para a fabricação de calçados, no mercado externo. Dado a concorrência com outros mercados, a fábrica virtual vem possibilitando ao setor estar à frente na competição internacional.”

Além dos contatos e prospecção de negócios que gerou, a ferramenta possibilitou uma nova visão sobre a forma de expor, vender e demonstrar tecnologia. “A possibilidade de interação com a fábrica virtual chamou a atenção de empresários latinos americanos e serve como ponta pé inicial para que eles deem início a um processo de inovação em seus parques fabris”, diz Fonte. “O próximo passo é a criação do conceito de setores de uma fábrica de calçados. Dessa forma, será possível contemplar um numero maior de máquinas e avançar na forma de demonstrar e divulgar as tecnologias para fabricação de calçados.” 

saiba + O que está por trás do pouco uso da Lei do Bem Anpei fará uma pesquisa interativa com cerca de mil pessoas para entender porque as empresas usam pouco os incentivos fiscais para atividades de P,D&I

A Pesquisa de Inovação Industrial 2009-2011 (Pintec) mostra que existem quase 46 mil empresas inovadoras no Brasil. No entanto, nesse mesmo período, apenas 635 empresas utilizaram os incentivos fiscais previstos no capítulo 3 da Lei do Bem (11.196/2005) – que possibilitam às empresas abater do imposto de renda seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento e inovação (P,D&I). O que está por trás da dificuldade das empresas de usufruírem esses incentivos será objeto de uma pesquisa interativa que será realizada durante a 14ª Conferência Anpei – o maior evento de inovação do País.

A pesquisa será realizada em tempo real, no dia 28, das 16h30 às 16h45, junto aos participantes do evento. “Serão cerca de mil pessoas, a maioria delas com atuação em atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação de empresas e instituições de ciência e tecnologia”, afirma um dos diretores da Anpei, Bruno Bragazza, que coordenará esta atividade do evento. “Queremos fazer uma consulta ampla sobre a Lei do Bem para entender melhor este quadro”, explica Bragazza. O objetivo final é contribuir para o aprimoramento do marco legal.

Pela Lei do Bem, o governo federal concede incentivos fiscais, de forma automática, às empresas sob regime de Lucro Real que realizem atividades de P,D&I. Essas atividades podem visar à concepção de novos produtos ou processos de fabricação, a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo já existentes que impliquem melhorias incrementais e aquisição.

Desde que foi regulamentada, em 2006, a Lei do Bem vem sendo objeto de várias críticas, principalmente em relação à insegurança jurídica. “Além de poucas empresas usufruírem deste benefício, nos preocupa o fato de que o número de projetos não habilitados é bastante significativo”, destaca Bragazza.

Os relatórios anuais da Lei do Bem indicam que em 2009 das 635 empresas que utilizaram os incentivos 93 não foram habilitadas. Em 2010, foram 875 usuárias, sendo 236 não habilitadas; no ano seguinte foram 195 empresas desclassificadas em um universo de 962 firmas.

Essas empresas tiveram seus nomes enviados para a Receita Federal por não cumprirem, na análise do MCTI, um ou mais dos requisitos exigidos pela lei. Quando a Receita Federal também considera que a empresa fez uma utilização indevida dos incentivos, esta perde o direito aos incentivos e tem de recolher um valor correspondente aos tributos não pagos, acrescidos de juros e multa.

Embora a Receita Federal tenha publicado a instrução normativa RFB-1187/2011 para resolver este impasse, a insegurança jurídica ainda persiste. As empresas também reclamam de outros aspectos da legislação que precisam ser aprimorados, como a possibilidade de retificar o formulário de prestação de contas ou a ausência de justificativa por parte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) quando uma empresa não é habilitada para usufruir dos incentivos.

A pesquisa irá também procurar descobrir se as empresas usuárias da Lei do Bem fazem uso dos outros benefícios previstos na lei além do da dedução de 60% na base de cálculo do IR e CSLL, como por exemplo, a redução do IPI na compra de máquinas e equipamentos para inovação ou a dedução adicional de 20% no caso de patentes concedidas.

Serão obtidas informações iniciais que possibilitem, posteriormente, um maior detalhamento dos problemas detectados pelas empresas. “A pesquisa nos fornecerá subsídios importantes para trabalharmos essa questão de forma aprofundada no âmbito dos Comitês Temáticos e no Inohub [a rede social da Anpei, restrita aos associados]”, finaliza Bragazza.

Veja a programação completa do evento em www.anpei.org.br/conferencia

saiba + ‘Papa’ do aço vem ao Brasil para a 14ª Conferência Anpei Yoshiaki Nakamura, responsável pelas áreas de P,D&I do segundo maior produtor mundial de aço, representará as empresas inovadoras do Japão

O presidente da Nippon Steel & Sumikin Technology, Yoshiaki Nakamura, participará da 14ª Conferência Anpei de Inovação, que será realizada nos dias 28 e 29 de abril no ExpoCenter Norte, em São Paulo. A empresa é responsável pelas atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I) do grupo Nippon Steel & Sumimoto Metal – a segunda maior produtora de aço do mundo, de acordo com dados de 2012 da Associação Mundial do Aço. O grupo é o maior acionista da companhia brasileira Usiminas, detendo 29,44% de suas ações.

Nakamura é considerado uma das maiores autoridades em inovação quando o assunto é aço. Mas no Brasil, ele irá além, pois estará na Conferência representando a Japanese Research Industries and Industrial Technology Association (JRIA), entidade que no Japão exerce um papel semelhante ao da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) no Brasil.

Ele participará do painel “Sistemas Nacionais de Inovação: Perspectivas Internacionais”, acompanhado de representantes de outras entidades do gênero da Europa, Coreia do Sul e Austrália. Juntos irão mostrar em detalhes como funcionam os sistemas de inovação em seus respectivos países ou regiões de atuação – um benchmark para o Brasil.

Graduado em Engenharia Mecânica pela Universidade de Tóquio (Japão), com mestrado em Engenharia de Materiais pela Universidade da Pensilvânia (Estados Unidos), a carreira de Nakamura é focada no planejamento e gestão de P,D&I. Desde 1974, ele atua no grupo Nippon Steel, onde já ocupou diversos cargos, como o de superintendente geral do Centro de P&D de Processos e Meio Ambiente do Departamento de Pesquisa Técnica (2005 a 2007) e o de assessor técnico da presidência da Usiminas, cargo que ocupou (2007 a 2010).

Serviço: O painel “Sistemas Nacionais de Inovação: Perspectivas Internacionais”, do qual participará Yoshiaki Nakamura, ocorrerá no dia 29 de abril, das 11h às 12h30. Veja a programação completa em: www.anpei.org.br/conferencia

saiba + Luciano Coutinho participará da 14ª Conferência Anpei Um dos focos do evento serão as startups – pequenas empresas de base tecnológica – para as quais o BNDES tem lançado vários programas de apoio financeiro

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, participará da 14ª Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, que será realizada nos dias 28 e 29 de abril de 2014, no ExpoCenter Norte, em São Paulo. Ele será um dos palestrantes da solenidade de abertura do evento, cujo tema é “Inova-Ação: Modelos de Negócios Competitivos”. Um dos focos da Conferência serão as startups – pequenas empresas de base tecnológica, com alto potencial inovador. O BNDES acaba de lançar dois programas de apoio ao mercado de capitais brasileiro, com foco no desenvolvimento da indústria de venture capital e private equity e no acesso de empresas à Bolsa de Valores, para apoiar as startups.

O Programa Multissetorial de Fundos investirá R$ 2 bilhões em até 12 fundos de private equity e venture capital nos próximos dois anos. Estes recursos poderão alavancar até R$ 10 bilhões em investimentos em cerca de 90 empresas, buscando seu crescimento e melhoria de sua estrutura de gestão e governança. Os investimentos serão realizados pela BNDESPAR, subsidiária do BNDES, mediante quatro chamadas públicas semestrais que ocorrerão em 2014 e 2015.

O banco apresentou ainda, no início de abril, o Programa BNDES de Apoio à Micro, Pequena e Média Empresa Inovadora (BNDES MPME Inovadora), que tem R$ 500 milhões em seu orçamento para investir até o final de 2015. A instituição também prepara o BNDES Solução Tecnológica, nova linha de apoio que deve ser lançada no segundo semestre. Esse produto irá atuar no financiamento às empresas de qualquer porte, região e setor que queiram adquirir soluções tecnológicas ofertadas por universidades e centros ou instituições de base tecnológica.

Segundo dados apresentados por Luciano Coutinho, o BNDES é o maior investidor em capital semente e venture capital no Brasil, com cerca de R$ 1 bilhão em patrimônio comprometido em 2014 nesses segmentos. O BNDESPar registra mais de 70 operações de investimento aprovadas em empresas com faturamento abaixo de R$ 10 milhões nos últimos cinco anos e R$ 1,4 bilhão em operações de equity em inovação nos últimos dois anos, além da participação em quatro IPOs (abertura de ações em Bolsa) de empresas de tecnologia da informação.

No ano passado, R$ 464 milhões foram desembolsados pelo BNDESPar apenas como investimento em equity em empresas inovadoras, de forma direta ou por meio dos fundos de investimentos. Para 2014, o plano é investir R$ 696 milhões nessas empresas. Os fundos equity investem em empresas que já se preparam para lançar ações na Bolsa de Valores.

Outra iniciativa do BNDES para apoiar empresas de base tecnológica é o fundo Criatec. O Criatec I investiu R$ 100 milhões em 36 empresas ao longo de quatro anos. O Criatec II tem R$ 186 milhões em recursos. O BNDES já planeja o lançamento do Criatec III, cujo início de investimentos deve se dar no segundo semestre deste ano. Somados os dois fundos, o patrimônio comprometido deve ficar na casa dos R$ 400 milhões, direcionados ao apoio a 75 empresas inovadoras nos próximos cinco anos.

“Fundos desse tipo são fundamentais para ajudar as empresas a superarem o chamado ‘vale da morte’. Nessa fase, as empresas já ultrapassaram a fase da pesquisa e desenvolvimento em escala laboratorial, e enfrentam outros desafios que implicam em alto custo e risco, a exemplo do escalonamento da produção”, explica o secretário executivo da Anpei, Naldo Dantas, que é coordenador geral do evento. Ele lembra que, embora essenciais, o Brasil ainda conta com poucos fundos. “Temos cerca de 70 fundos, nos Estados Unidos são cerca de 2 mil”, compara.

A discussão sobre este assunto, segundo Dantas, será aprofundada no painel “Momento Fapesp” – uma das primeiras atividades da conferência (dia 28, das 9 h às 11h10) – e que contará com a presença tanto de investidores como de representantes de entidades ligadas às startups. “Neste painel serão discutidos o apoio financeiro às startups (seedangel ecorporate capital) e a criação de ambientes que promovam seu desenvolvimento para garantir sua inserção no mercado”, afirma. “Haverá ainda a apresentação de dois cases bem-sucedidos de empreendimentos alavancados por capital de risco.” Veja a programação completa em www.anpei.org.br/conferencia.

saiba + Simplificando para inovar Vendas da Pro Solus saltam com equipamentos agrícolas de alta precisão menos sofisticados. Case será apresentado na 14ª Conferência Anpei

Nem sempre a inovação está no aumento da sofisticação e complexidade de um produto, processo ou serviço. Ela também pode estar na simplificação. É o que vai mostrar a Pro Solus do Brasil Ltda, empresa paranaense que produz equipamento para a agricultura de precisão, durante a 14ª Conferência Anpei, que será realizada nos dias 28 e 29 de abril, no ExpoCenter Norte, em São Paulo. Na sessão temática Pequenas e Micro Empresas, a Pro Solus vai mostrar o case Popularização da Tecnologia na Agricultura, por meio do qual ela resolveu focar também nos pequenos e médios agricultores como potenciais clientes e não apenas nos grandes fazendeiros e empresas agrícolas.

Segundo seu sócio-diretor, Fernando Yukio Mizote, a empresa sempre desenvolveu e comercializou equipamentos sofisticados e de alta tecnologia, como GPS, sistemas eletrônicos e computadores de bordo para pulverizadores e máquinas de plantio e distribuição de fertilizantes. Até 2005, o foco da Pro Solus eram os grandes agricultores. “Nessa época, notamos que os médios e pequenos produtores rurais também tinham interesse em tecnologia, mas achavam caro demais”, conta. “Começamos, então, a criar versões simplificadas do aparelho sofisticado que produzíamos então, com preços reduzidos.”

Mizote explica os equipamento que originaram a mudança na forma de pensar da direção da empresa foram criados a partir de outros já existentes. “Primeiramente, pegamos o produto original e pensamos na forma de simplificar ao máximo seu funcionamento, buscando economia de custos”, revela. “Para isso, substituímos as caixas de alumínio por outras de plástico. Também retiramos os recursos supérfluos (de 5 botões, por exemplo, restou somente o liga/desliga). Também analisamos e redesenhamos circuitos eletrônicos (sensores e sistema de comunicação tiveram 30% de redução de componentes).”

Além disso, o projeto foi pensado na produção. “Com as simplificações, de início nossa produtividade aumentou de 12 para 80 sensores por dia”, conta. “Hoje produção é de 350 sensores por dia.” Somando tudo, o custo dos produtos foi reduzido em cerca de 40%. Os resultados nas vendas não tardaram a aparecer. “Em 2005, antes de focar nos médios e pequenos agricultores como clientes, vendíamos no máximo 100 equipamentos por ano”, diz Mizote. “Agora, com a nova estratégia, fechamos 2013 com 2.600 equipamentos vendidos e a previsão é de comercializarmos cerca de 4.000 em 2014. Devemos atingir cerca de 3,5 milhões de hectares com nossos produtos.”

Além do aumento do faturamento, a mudança de estratégia da Pro Solus também serviu de aprendizado. “Aprendemos que a inovação não se encontra apenas em sofisticar produtos.”, explica Mizote. “No nosso caso, ao simplificarmos um equipamento, inovamos no mercado ao possibilitar que um grande número de produtores rurais tenham acesso à tecnologia. Hoje, muitos deles já partiram para equipamentos de maior sofisticação. Além disso, os grandes agricultores também estão comprando os simplificados, pois sua mão de obra se dá melhor com eles. Acreditamos que se não tivéssemos mudado nosso foco de cliente, uma parte considerável da agricultura ainda estaria atrasada tecnologicamente.”

saiba + Inovação aumenta vendas em 30% e reduz estoque em 50% na Riachuelo Case será apresentado durante a 14ª Conferência Anpei, o maior evento de inovação que acontece nos dias 28 e 29 de abril

A troca de um modelo de produção e distribuição em que a fábrica “empurra” as mercadorias para as lojas para atender uma demanda prevista, por outro em que as lojas “puxam” os produtos da fábrica baseadas em uma demanda real. Este é um case de inovação em Gestão da Riachuelo, maior rede de moda do Brasil, com 212 lojas e duas grandes fábricas, que será apresentado durante a 14ª Conferência Anpei, que será realizada nos dias 28 e 29 de abril, no ExpoCenter Norte, em São Paulo. A inovação foi baseada na Teoria das Restrições, conhecida como TOC (Theory Of Constraints), criada por Eliyahu Goldratt em seu primeiro livro, o best-seller, “A Meta”, e será apresentada na sessão temática voltada para cases de inovação em gestão.

Segundo Aureo Villagra, que trabalhou na Riachuelo e hoje está na Goldratt Consulting, com sede em Israel, e que apresentará o case na Conferência da Anpei, as soluções da TOC são fundamentadas em lógica e bom senso. “Em relação às alternativas de gestão existentes, a TOC equilibra adequadamente crescimento, estabilidade e harmonia por meio de um processo simples, resolvendo deficiências que as metodologias de produção e distribuição ‘empurradas’ apresentam em ambientes muito diversificados como a da moda”, explica Villagra. “O software específico usado na TOC tem capacidade de estabelecer e alterar automaticamente as prioridades de produção e logística, garantindo disponibilidade nas lojas e reduzindo significativamente as rupturas.”

A ideia central do modelo de produção e distribuição baseado na TOC é acelerar o fluxo de produtos pela cadeia de suprimentos – da fábrica para os pontos de venda. O ponto chave é o ressuprimento automático, determinado pelas vendas realizadas pelo varejo. “Com isso, obtém-se maior disponibilidade de produtos nas lojas, aumento de vendas, redução de estoques, crescimento da produtividade industrial, diminuição do tamanho da fábricas, processos estáveis e simples e uma sensível melhoria na harmonia e sincronia entre os vários setores envolvidos”, explica Villagra. Outro ponto essencial – e polêmico do modelo – é dar mais importância aos ganhos do que aos custos. A TOC também foca a lucratividade do grupo como um todo, maximizando as vendas no varejo.

Os resultados podem ser vistos em números. “Com a implantação da inovação houve um aumento nas vendas de 30% nas linhas onde o projeto já foi implantado e uma redução de estoques nas lojas de 50%”, explica Villagra. “Nas fábricas, o crescimento da produção foi de 30% e houve uma redução do tamanho de 50%. Quer dizer, mesmo com uma fábrica menor a produção foi maior.” Outro resultado digno de nota foi a diminuição em 70% do lead-time, tempo que decorre entre o pedido de uma loja de um produto – uma camisa, por exemplo -, para a fábrica e a entrega por esta última. Ou seja, as fábricas do grupo ficaram mais rápidas no fornecimento dos produtos para a rede de lojas.

Para Villagra, a inovação implantada na Riachuelo poderá contribuir para o aprendizado e difusão do modelo em outras empresas. “A inovação no modelo de negócio pode ser tão importante como em produtos e o varejo representa um enorme potencial de crescimento para a economia nacional”, diz. “No nosso caso, foi necessário superar resistências internas decorrentes do paradigma anterior, de que a disponibilidade era assegurada por estoques elevados, oposta ao modelo que foi implantado. Os avanços possíveis e que podem conduzir a resultados ainda melhores estão associados ao desenvolvimento de novos produtos e maior integração da cadeia de suprimentos.”

saiba + Nova tecnologia garante alta performance do produto da Samarco Case será apresentado durante a 14ª Conferência Anpei

Um método inédito, mais eficiente e econômico, para verificar o percentual de recobrimento de pelotas de minério de ferro, usadas como matéria prima na fabricação de aço, com material que evitam que umas colem nas outras nos reatores nos quais são produzidas, será apresentado na 14ª Conferência Anpei, que realizada nos dias 28 e 29 de abril, no ExpoCenter Norte, em São Paulo. O case será mostrado pela Samarco, empresa brasileira de mineração, cujo principal produto são justamente pelotas de minério de ferro, com diâmetro que varia de 6,3 a 16 milímetros, produzidas a partir da transformação de minerais de baixo teor em um produto nobre, de alto valor agregado, e comercializado para a indústria siderúrgica mundial. O pro blema é que essas pelotas podem colar umas nas outras nos reatores de redução direta, clientes da Samarco. Aí é que entra a inovação da empresa.

As pelotas são aglomerados de minério de ferro e oxigênio (óxido de ferro ou hematita – Fe2O3). Para que possam ser usadas como matéria prima para a fabricação do aço, no entanto, elas precisam ser transformadas em ferro puro (Fe), com a retirada do oxigênio, num processo químico chamado redução – que é o contrário da oxidação. Isso é feito num equipamento, chamado reator de redução direta, aquecido a uma temperatura que chega a 950 ºC. A técnica de processo da Samarco, Heidy de Oliveira Simões, explica que, para aumentar a produtividade dos reatores, a temperatura e pressão deles precisa ser elevada ao máximo. “Mas isso tem limite”, diz. “Pois o aumento de temperatura favorece à formação de um fenômeno em que as pelotas colam umas nas outras, denominado ‘clustering’.”

Esse fenômeno causa problemas na operação dos reatores, diminuindo sua produtividade. Para evitar isso é preciso dar um jeito para que as pelotas não colem uma nas outras. A solução empregada atualmente é recobri-las com uma camada de óxido refratário (resistente a altas temperaturas), denominado agente de recobrimento (coating) ou de anticolagem, que atua como uma barreira física entre elas. “Para aumentar a competitividade do nosso produto, é preciso quantificar o recobrimento das pelotas, ou seja, saber quanto da superfície de cada uma está recoberta com o óxido refratário”, explica Heidy. “A diminuição da ocorrência do ‘clustering’ é essencial para a estratégia da Samarco no mercado de reduç&atild e;o direta, garantindo uma maior participação da empresa. Por isso, desenvolvemos a nova metodologia.”

Segundo Heidy, que apresentará o case na Conferência Anpei, antes da inovação da Samarco, o teste para verificar o recobrimento das pelotas só era possível com base em uma análise padronizada (ISO 11256), a temperaturas de 850 ºC. “Além disso, o problema era o elevado tempo de duração do teste, de até 12 horas para concluir um único resultado”, conta. “Com isso, um navio de 40 mil toneladas era carregado antes mesmo de um resultado de qualidade ter sido liberado.” A nova tecnologia analisa o recobrimento das pelotas por meio de um equipamento, composto basicamente por câmera que captura a imagem delas a frio, e um algoritmo (programa de computador), que calcula o índice de cobertura. Se for maior que 70%, indica que as pelotas não colarão umas nas outras. A grande vantagem é que o teste de cada amostra não demora mais do que uma hora e meia para ser concluído.

Em números, a nova metodologia diminuiu em 88% o tempo de resposta para se determinar a tendência de colagem das pelotas durante o processo de redução. O que gerou uma economia anual para a Samarco na realização dos testes de R$ 193,3 mil. A inovação da empresa também trouxe ganhos ambientais: 300 kg de dióxido de carbono (CO2) deixam de ser emitidos por ano, por causa da economia de gases utilizados na realização dos testes ISO 11256. “Os resultados fornecidos pela metodologia desenvolvida tornam possível a tomada de decisões estratégicas durante o carregamento do navio, garantindo a alta performance do produto Samarco nos reatores dos clientes”, diz Heidy. “Depois que adotamos o novo teste, não recebemos mais reclamações deles sobre cola gens do produto.”

saiba + A ideia que abriu um novo nicho de mercado para a Sanofi Case do Dermacyd, sabonete líquido de higiene íntima comercializado no segmento de amenities, será apresentado na 14ª Conferência Anpei

O principal resultado do Programa Idealizar, uma iniciativa da Sanofi – Indústria Farmacêutica para fomentar ideias inovadoras de seus funcionários, será apresentado como case de inovação, na sessão temática Diversificação, durante a 14ª Conferência Anpei, que realizada nos dias 28 e 29 de abril, no ExpoCenter Norte, em São Paulo. Trata-se de uma nova apresentação do Dermacyd, um sabonete líquido para higiene íntima das mulheres, que abriu um novo nicho de mercado para a empresa. O produto, que só era vendido no varejo, em farmácias, em frascos de 200 ml, agora, chamado de Dermacyd Amenity, é apresentado em uma nova embalagem de 20 ml, no mercado de amenities (produtos como alimentos e de higiene que compõem kits para o uso de hóspedes em hotéis e motéis).

Segundo a gerente de Desenvolvimento Estratégico da Sanofi, Carolina Wosiack, a ideia de incluir o sabonete líquido nos kits de higiene vendidos para hotéis e motéis foi de uma funcionária da empresa, que viaja constantemente a negócios e sentiu falta do produto nos estabelecimentos em que se hospedava. “Foi uma sugestão, apresentada dentro do Programa Idealizar, que abriu uma perspectiva inovadora para o Dermacyd”, diz. “A partir dessa ideia, mesmo sem muitos dados, as nossas equipes das áreas de Consumer Health Care e Gestão de Desenvolvimento Estratégico começaram a trabalhar na conceituação e gestão do projeto e, posteriormente, na criação de protótipos. Surgiu assim, em apenas nove meses, um novo canal de distribuição para Dermacyd, com foco em hotéis e motéis.”

A Sanofi – Indústria Farmacêutica é uma das líderes mundiais no mercado de saúde. No Brasil, aonde chegou nos anos 50, ela é composta por cinco empresas: Sanofi Farma, a maior delas no país, que produz cerca de 150 medicamentos; Medley, líder do mercado brasileiro de genéricos; Sanofi Pasteur, uma das líderes no setor de vacinas; Genzyme: especializada no desenvolvimento de terapias para doenças raras e esclerose múltipla; e Merial, que atua na área de saúde e bem-estar animal. Agora, para chegar aos hotéis e motéis, com o Dermacyd Amenity, a empresa fez uma parceria com a Harus, distribuidora líder em vendas de amenities.

Segundo Carolina, a parceria tornou possível pela primeira vez que um sabonete líquido de higiene íntima passasse a estar disponível nos quartos de hotéis e motéis, complementando os itens de higiene pessoal oferecidos tradicionalmente nesses locais. Para isso, foi preciso fazer algumas alterações na embalagem de 20 ml do Dermacid, que antes era distribuída gratuitamente como amostra. “Ela passou por algumas adequações para ser comercializada pelo segmento hoteleiro em todo o Brasil”, conta a gerente da Sanofi. “Foi uma solução que agilizou o lançamento do produto, agora chamado Dermacyd Amenity, no mercado. Hoje, nosso sabonete líquido já está disponível em diversas redes de hotéis e motéis, nacionalmente.”

Em termos de resultados concretos, Carolina diz que a nova apresentação do sabonete líquido tem sido um grande sucesso. “É um passo inicial para aumentar o número de mulheres que usam sabonete líquido íntimo – hoje o produto é usado por apenas 15% delas.” Além disso, segundo Carolina, o Dermacyd Amenity levou a categoria de higiene íntima a novos mercados e tornou possível “que a marca alcançasse novas consumidoras, dando continuidade no desenvolvimento do conceito de higiene íntima e, ao mesmo tempo, agregando novos atributos ao produto, o diferenciando da concorrência”.

saiba + O novo jogo da inovação Para Victor Hwang, empresário e investidor de venture capital do Vale do Silício, o que move a inovação hoje é a cultura

Uma mudança silenciosa, mas de enorme impacto, vem ocorrendo nos últimos anos no que se refere à inovação. Atualmente, sua base não é mais a atividade de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos ou serviços. “Este é o jogo de ontem; o de hoje é a inovação cultural”, alerta Victor Hwang, CEO, cofundador e diretor administrativo da T2 Venture Creation, companhia do Vale do Silício que constrói empresas iniciantes e desenha ecossistemas favoráveis à inovação. Hwang é o keynote speaker do primeiro dia da 14ª Conferência Anpei de Inovação, que será realizada nos dias 28 e 29 de abril no Expocenter Norte, em São Paulo.

Para Hwang, a cultura é a raiz de toda inovação. “As melhores empresas do Vale do Silício são inovadoras culturais, ainda que a maior parte do mundo não tenha notado que o jogo mudou tão profundamente para essa direção”, diz o executivo que, além de ter sua empresa sediada no Vale, estudou a formação do polo onde nasceram empresas como HP, Intel, Apple, Google e Facebook.

Essas empresas, segundo Hwang, teriam um ambiente similar ao de uma floresta tropical – assunto que foi objeto do livro The Rainforest: The Secret to Building the Next Silicon Valley, de sua coautoria. Em uma floresta tropical a grande diversidade de flora e fauna não pode ser explicada apenas pela presença de solo fértil e condições climáticas favoráveis, mas sim pela interação de todos os seus elementos que encorajam novas e inesperadas formas de vida. Da mesma forma, a inovação não se dá porque há capital, trabalho e tecnologia, mas sim pela forma com que as pessoas se relacionam.

Hwang detectou que nas empresas do Vale do Silício há normas invisíveis no dia a dia das pessoas que trabalham nelas, muito diferentes das de uma empresa tradicional que busca o controle total do processo com vistas a uma produtividade cada vez maior. Nas empresas do Vale do Silício a regra é quebrar regras e sonhar, abrir portas e ouvir, confiar no outro e em si, experimentar e interagir juntos, procurar merecimento, não vantagem, falhar e persistir, e pagar para ver.

São ecossistemas onde a cultura permite a conectividade, confiança, a diversidade, a colaboração, o serendipismo [neologismo para descobertas feitas ao acaso] e a troca de favores”, descreve. Sob este prisma, Hwang acredita que a simples existência de arranjos como clusters, incubadoras e parques tecnológicos, não estimula a inovação. “A maioria dessas instituições tendem a ser controlada de cima para baixo, em sistemas rígidos. As pessoas dentro desses sistemas têm suas ações restringidas, e o controle é o oposto da inovação”, aponta. “Essas instituições são como hardware sem software. O software necessário são as pessoas e seus padrões culturais de comportamento”, ilustra.

Para Hwang, construir ‘florestas tropicais’ significa permitir o nascimento de ideias imprevisíveis, não tentar conter as ‘ervas daninhas’. “Minha apresentação na Conferência Anpei vai focar em como desenhar ecossistemas onde as ervas daninhas inovadoras podem crescer e florescer”, diz.

O Brasil, na sua avaliação, já dispõe de alguns dos elementos de uma ‘floresta tropical’, mas outros ainda estão ausentes ou são incipientes, como a questão da confiança entre os parceiros, especialmente quando se trata de relações público-privadas. “O Brasil tem uma das culturas mais inovadoras do mundo quando se trata de música e arte.” Para ele, os brasileiros sentem receio de se tornar inovadores nos negócios. “Confiança é algo importante porque ajuda as pessoas a superar o medo. Sem confiança, a inovação morre, porque hoje inovação ocorre em equipes, e não em indivíduos.”

Serviço: a palestra de Victor Hwang será realizada no dia 28, das 14 às 15 horas, durante a 14ª Conferência Anpei. Veja a programação completa no site www.anpei.org.br/conferencia.

Sobre Victor Hwang: É graduado pela Universidade de Harvard em Estudos Governamentais e em Ciência da Computação, Arquitetura de Sistemas e Design de Sistemas Operacionais, e em direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Chicago Law. É diretor executivo da Global Innovation Summit – uma das maiores conferências mundiais sobre inovação. O evento anual é realizado no Vale do Silício e atrai representantes de quase 50 países.

Além de CEO da T2 Venture Creation, é cofundador da Liquidity Corporation, empresa de purificação de água, e diretor de estratégia da Blue Planet Strategies, que desenvolveu uma tecnologia para melhorar o rendimento de mineração do cobre. Possui dois livros publicados. No The Rainforest: The Secret to Building the Next Silicon Valley, Hwang aponta os caminhos para empresas, comunidades e países fomentarem a inovação em larga escala, de forma sistêmica. Já The Rainforest Blueprint: How to Design Your Own Silicon Valley é um guia prático sobre como catalisar ecossistemas de inovação.

Sobre a 14ª Conferência Anpei – O maior evento de inovação do País, reunirá em São Paulo cerca de 2 mil participantes, entre gestores públicos e privados de inovação, pesquisadores e autoridades. Serão sete palestrantes estrangeiros, dos Estados Unidos, Japão, Coreia, Austrália, Israel e Europa. Um deles é a vice-presidente de Inovação da Whirlpool Corporation, Nancy Tennant. Além de possibilitar a discussão das melhores práticas em inovação, incluindo a apresentação de dezenas de cases, o evento reunirá autoridades do sistema nacional de inovação para discutir os rumos das políticas públicas. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, é uma das autoridades confirmadas.

saiba + 14ª Conferência Anpei traz sete palestrantes internacionais Programação completa do encontro está fechada. Tema desta edição é “Inova-Ação: Modelo de Negócios Competitivos”

A 14ª Conferência Anpei de Inovação, promovida pela Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), terá um número recorde de palestrantes estrangeiros em comparação aos anos anteriores. Especialistas dos Estados Unidos, Japão, Coreia, Austrália, Israel e Europa se apresentarão entre os dias 28 e 29 de abril, no ExpoCenter Norte, em São Paulo. O tema central do maior encontro anual sobre inovação realizado no Brasil é “Inova-Ação: Modelos de Negócios Competitivos” e marca as comemorações dos 30 anos de existência da Anpei.

O primeiro palestrante internacional do evento é o keynote speaker Victor Hwang, CEO da T2 Venture Creation, empresa do Vale do Silício (EUA) que apoia a construção de startups e desenha ecossistemas que favorecem a inovação empresarial. Sua apresentação será dia 28, das 14h às 15h. Hwang escreveu o livro “The Rainforest: The Secret to Building the Next Silicon Valley” (sem tradução para o português), no qual explica o que diferencia o Vale do Silício e o torna um ambiente gerador de empresas inovadoras de ponta.

Quando se discute inovação, a Coreia do Sul sempre é citada por seus investimentos em educação e pela rápida construção de uma economia baseada em inovação. Atualmente, o país é reconhecido por deter marcas mundiais e aparecer entre os líderes nos rankings de inovação. O sistema coreano será abordado por Ieehwan Kim, vice-presidente executivo da KOITA, entidade empresarial com atuação semelhante à Anpei na Coreia. Ele participará do painel “Sistemas Nacionais de Inovação – Perspectivas Internacionais”, que será realizado das 11h às 12h30, no dia 29.

Participarão também deste painel o secretário geral da European Industrial Research Management Association (EIRMA), Michel Judkiewicz; o diretor do Departamento de Cooperação Tecnológica da Japan Research Industries and Industrial Technology Association (JRIA), Yoshiaki Nakamura; e a presidente da Australasian Industrial Research Group (AIRG), Leonie Walsh.

O segundo dia da 14ª Conferência Anpei terá Nancy Tennant, vice-presidente de Inovação da Whirlpool Corporation, como keynote speaker. Ela vai falar sobre os ecossistemas que estimulam a inovação em contraste com aqueles que destroem qualquer possibilidade de criação, e usará exemplos tanto da Whirlpool como de pequenas companhias, além de cases de inovação social.

Por fim, Hananel Kvatinsky, presidente da unidade israelense da Licensing Executive Society (LES), discutirá o que está por trás da formação de startups em seu país. Israel possui cerca de 4.800 startups, mais que qualquer outro país fora os Estados Unidos, de acordo com dados da Israel Venture Capital Research Centre. Ele participa do painel “Transformando PI em Negócios” no dia 29, das 16h45 às 17h35.

Outras atividades – Além dos palestrantes internacionais, haverá também especialistas e autoridades brasileiras que vão discutir inovação do ponto de vista empresarial e da política pública. As ações governamentais de apoio à inovação serão abordadas na solenidade de abertura, que contará com a presença do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, entre outros.

No painel “A Nova Onda de Empreendedorismo Inovador no Brasil”, um dos destaques é a Embraer, que vai discutir a criação do corporate venture como estratégia para diversificação de seus negócios. O corporate venture financia negócios nascidos a partir das atividades de inovação realizadas pela própria empresa que o criou ou é aplicado em companhias externas, geralmente startups, que detém tecnologias críticas ou que atuam em nichos de mercado de interesse da empresa.

No evento também será lançado o “Mapa da Inovação no Brasil”, que identifica os principais atores públicos e privados do País e quais tipos de apoio – recursos, competências etc – são oferecidos por eles. Após essa atividade haverá uma dinâmica que vai tratar da Lei do Bem, durante a qual haverá uma consulta tempo real com os todos os participantes do evento sobre o uso dos incentivos fiscais.

A Conferência contará ainda com uma programação focada nas startups, nas pequenas e microempresas com atividades organizadas pelo Sebrae e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que ocorrem simultaneamente no dia 28 de abril, entre 9h e 13h. No dia 29, haverá apresentação de 24 cases de sucesso em inovação de empresas; um case específico de uso dos mecanismos de fomento nacionais para inovação; e uma dinâmica com um representante do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) sobre “Competências para a Inovação”, na qual serão discutidas as necessidades de formação de recursos humanos no Brasil.

A programação completa da 14ª Conferência Anpei e outras informações podem ser consultadas no site www.anpei.org.br/conferencia.

saiba + Um raio X da nação das startups Hananel Kvatinsky, presidente da LES de Israel, participará da 14ª Conferência Anpei, para explicar porque seu país tem mais startups que qualquer outra nação do mundo.

Israel possui cerca de 4.800 startups, mais que qualquer outro país fora os Estados Unidos, de acordo com dados da Israel Venture Capital Research Centre. Para Hananel Kvatinsky, presidente da unidade israelense da Licensing Executive Society (LES) – um dos palestrantes estrangeiros já confirmados para a 14ª Conferência Anpei, que acontece nos dias 28 e 29 de abril, no ExpoCenter Norte, em São Paulo, um dos fatores que explicam a profusão de startups são os programas realizados pelos ministérios da Indústria, Comércio e Trabalho e da Economia de Israel.

O presidente da LES de Israel conhece bem o sistema de inovação do seu país. Advogado, com mestrado em engenharia e MBA pela Universidade de Tel Aviv, possui mais de 20 anos de experiência na área. Já atuou na RAMOT, braço da Universidade de Tel Aviv, focada no licenciamento de pesquisas aplicadas, e hoje é diretor de Propriedade Intelectual da Orbotech, empresa que fornece soluções para a indústria eletrônica.

Apoio completo – Os programas do estado de Israel, explica ele, suportam os diversos estágios das atividades de P,D&I das startups – boa parte estruturada na forma de fundos. Um deles, o TNUFA, é um fundo pré-capital semente que auxilia inventores individuais e startups nos primeiros estágios de seus projetos, financiando atividades como avaliação de potencial tecnológico e comercial, depósito de patente, construção de protótipo, elaboração do plano de negócios e a fase inicial do desenvolvimento do negócio.

Outro exemplo é o programa MEIMAD, que encoraja e financia o desenvolvimento de tecnologias de uso dual, aquelas que são empregadas na área militar, mas têm potencial para uso civil. Há ainda fundos para estimular a inovação em áreas específicas, a exemplo de um com foco na indústria de biotecnologia.

Israel possui um programa nacional de incubadoras que oferece apoio para atividades de P&D, marketing, infraestrutura, orientação tecnológica e de negócios, assessoria jurídica, regulatória e administrativa. Também dispõe de financiamento para a atividade de P&D pré-competitiva, para encorajar a formação de consórcios em Israel ou fora do país, como, por exemplo, os Magnet Instruments, que estimulam parcerias entre empresas ou entre companhias e instituições de pesquisa.

Em alguns programas, o dinheiro, diz Kvatinsky, é oferecido com restrições relacionadas à propriedade intelectual. “Para cada projeto, o status da propriedade intelectual é examinado e se, por exemplo, houver uma terceira parte que pode impedir a empresa de explorar os resultados do projeto de P,D&I, provavelmente a companhia não conseguirá os recursos”, explica. Também há limitações para transferir para o exterior propriedade intelectual gerada a partir de projetos financiados pelo governo israelense.

“Como em qualquer país, a habilidade das companhias em preservar sua propriedade intelectual é crucial para seu sucesso, mas temos de nos lembrar que Israel é um mercado relativamente pequeno”, diz ele. “Portanto, a maior parte da indústria inovadora está olhando para fora do país, seja porque o foco é a exportação de seus produtos ou porque a estratégia é vender o negócio no futuro por meio de fusão ou aquisição”, acrescenta.

O resultado disso, segundo Kvatinsky, é que muitas companhias israelenses depositam patentes em outros países e não em Israel. “Por outro lado, tendo em vista o caráter inovador de outros desenvolvedores, há uma preocupação em depositar pedido de patente também em Israel, de forma a bloquear a concorrência a partir de casa”, explica.

Serviço: A palestra de Hananel Kvatinsky será realizada no painel “Transformando Tecnologias em Negócio”, no dia 29 de abril, das 16h45 às 17h35. Outro palestrante deste painel será o brasileiro, Raul Hey, da Danneman Siemsen, escritório especializado em propriedade intelectual. Mais informações sobre a programação e inscrições no site:www.anpei.org.br/conferencia/

saiba + Como se faz inovação na Europa, Coreia, Japão e Austrália Especialistas desses países virão ao Brasil para a 14ª Conferência Anpei. Suas ideias poderão ajudar a aperfeiçoar de instrumentos públicos e privados de fomento e estímulo à inovação.

Na Coreia do Sul, um programa de acreditação de centros de P&D corporativos, liderado pela Korea Industrial Technology Association (KOITA), habilita as empresas a participar de programas de financiamento e receber incentivos fiscais para suas atividades de P&D. Tecnologias inovadoras têm preferência nas compras das estatais e valem pontos nos programas públicos de apoio à P&D. Há até um serviço militar alternativo pelo qual jovens pesquisadores tem aval do governo para trabalhar em centros de P&D, em vez de se alistarem nas forças armadas.

Exemplos como esses, que mostram os detalhes do sistema de inovação em um determinado país, estarão na pauta das apresentações do painel “Sistemas Nacionais de Inovação – Perspectivas Internacionais”, que será realizado durante a 14ª Conferência Anpei – evento que acontece de nos 28 de 29 de abril, no ExpoCenter Norte, em São Paulo.

O painel reunirá o secretário geral da European Industrial Research Management Association (EIRMA), Michel Judkiewicz; o vice-presidente executivo da KOITA, Ieehwan Kim; o diretor do Departamento de Cooperação Tecnológica da Japan Research Industries and Industrial Technology Association (JRIA), Yoshiaki Nakamura; e a presidente da Australasian Industrial Research Group (AIRG), Leonie Walsh.

Na Europa, Coreia, Japão e Austrália, essas entidades assumem o papel equivalente ao da Anpei – Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento – no Brasil, representando as empresas inovadoras em seus respectivos países. Todas pertencem ao World Federation of Industrial Research Associations (W-Fira), que congrega entidades do gênero no mundo.

Mapeamento – Segundo o secretario executivo da Anpei, Naldo Dantas, coordenador geral do evento, o objetivo deste painel é mapear a configuração dos sistemas nacionais de inovação competitivos internacionalmente. “Queremos refletir sobre os diferenciais de seus instrumentos de estímulo à inovação, como estão estruturados os ecossistemas empresarial e tecnológico, e seu impacto no empreendedorismo de base tecnológica”, afirma.

A EIRMA, por exemplo, reúne empresas de cerca de 20 países europeus. Um dos seus focos de atuação é promover o compartilhamento das melhores práticas em P,D&I. Atua em temas de interesse das companhias, como políticas públicas de apoio à inovação, desenho de estratégias de negócios e de mercado com base na inovação, processos de inovação, recursos humanos, gestão do conhecimento e gestão de propriedade intelectual.

Já a JRIA tem uma plataforma de interação e discussão com as empresas sobre como promover a inovação no Japão. A exemplo da Anpei organiza comitês para discutir temas de interesse dos associados. Um deles, o Commitee for Global Interchange, trata de aspectos relacionados à gestão e recursos humanos para desenvolvimento de atividades globais de P&D e interação com organizações europeias e americanas.

A AIRG, por sua vez, é o principal fórum para os stakeholders da Austrália e da Nova Zelândia no que se refere à inovação. Um de seus programas é focado na divulgação das melhores práticas para desenvolvimento de tecnologias, conceitos e metodologias.

“Mais do que mostrar como está estruturado o sistema de inovação nesses países, a proposta deste painel é ajudar as empresas brasileiras a conhecerem os caminhos das pedras para a internacionalização”, ressalta Naldo Dantas. “Para as empresas brasileiras, especialmente aquelas de base tecnológica, esperamos que as informações trazidas pelos palestrantes sejam um roteiro importante que possa utilizado em suas estratégias de internacionalização”, conclui.

Serviço: O painel “Sistemas Nacionais de Inovação – Perspectivas Internacionais” será realizado no dia 29 de abril, das 11h00 às 12h30. A programação completa do evento está disponível no site www.anpei.org.br/conferencia.

saiba + Vice-presidente de Inovação da Whirlpool participará da 14ª Conferência Anpei Nancy Tennant será um dos keynotes speakers do evento, que acontece em São Paulo, nos dias 28 e 29 de abril

A vice-presidente de Inovação da Whirlpool Corporation, Nancy Tennant, será um dos keynote speakers da 14ª Conferência Anpei de Inovação, que acontece nos dias 28 e 29 de abril no ExpoCenter Norte, em São Paulo. A executiva, que responde diretamente para o CEO da corporação, é responsável por criar e implementar as estratégias de inovação do grupo – que há mais de 15 anos figura entre as empresas líderes nos rankings de inovação. Em sua palestra, ela vai falar sobre os ecossistemas que estimulam a inovação em contraste com aqueles que destroem qualquer possibilidade de criação. Irá usar exemplos tanto da Whirlpool como de pequenas companhias, além de cases de inovação social.

Intitulada “As duas transformações na Whirlpool Corporation: conquiste confiança e crie demanda”, a palestra de Tennant está alinhada com o tema geral da Conferência Anpei deste ano: “InovaAção – Modelos de Negócios Competitivos”, pois um dos desafios das empresas hoje é mudar o modelo calcado na inovação de produto ou processo para um conceito mais amplo.

“Há 15 anos, decidimos trabalhar a inovação de uma forma incomum. Tínhamos duas linhas de pensar o novo que se uniram para transformar a empresa: insights sobre o cliente vinculado à marca e inovação”, conta. “Isso nos moveu de uma simples empresa de manufatura para uma companhia focada no desenvolvimento de produtos para o consumidor”, conta Tennant. A Whirlpool Corporation é líder mundial da indústria de eletrodomésticos. No Brasil, é detentora das marcas Brastemp, Consul e Kitchen Aid, e da Embraco – maior produtora de compressores de refrigeração do mundo.

Insights – O desafio, segundo Tennant, foi ajudar os que trabalham na Whirlpool a entender como identificar os insights gerados, de forma articulada ou não, pelos consumidores e transformá-los em demanda. “A segunda transformação foi ganhar confiança para criar soluções que conquistassem os consumidores”, acrescenta. “Esses dois fatores geraram uma plataforma bem sucedida para nossa companhia prosperar e gerar resultados positivos.”

Segundo Tennant, a cada dois ou três anos a Whirlpool Corporation cria uma nova estratégia de inovação para enfrentar o próximo nível de performance desejada. “Começamos com uma estratégia focada no aprendizado dos instrumentos, e nos movemos para outra cuja atenção estava dedicada ao desenvolvimento de produtos chave para a companhia”, lembra. Depois, a empresa migrou para estratégias que não focavam o produto, em si, para chegar à fase atual, em que o foco está além do núcleo.

“É importante para as companhias criar um ambiente em que as pessoas possam assumir riscos calculados. As pessoas devem entender que suas ideias podem ou não dar certo e que isso não é um problema”, diz. “Ao cometer erros calculados, novos processos, produtos e modelos de negócios serão criados e implementados com sucesso”, garante.

Além de sua posição na Whirlpool, Nancy Tennant atua como professora em programas de MBAs da Universidade University of Notre Dame Mendoza College of Business e na University of Chicago Booth School of Business, ensinando sobre inovação e mudanças organizacionais. Também é coautora de livros da área: “Unleashing Innovation: How Whirlpool Transformed an Industry”; “Strategic Innovation: Embedding Innovation as a Core Competency in Your Organization”; e “Mastering Virtual Teams”. A revista Businessweek escolheu Tennant como um dos 25 Campeões em Inovação (classificação IN25 em inglês da publicação) do mundo.

Inscrições – As inscrições para a 14ª Conferência Anpei podem ser feitas no site www.anpei.org.br/conferencia. O evento contará com diversos conferencistas estrangeiros para discutir a inovação de uma perspectiva global. Autoridades brasileiras, como o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, estarão presentes para discutir os rumos das políticas de estímulo à inovação do País. Empresas brasileiras também apresentarão seus cases de inovação. O evento tem o patrocínio da CNI/SENAI, CNPQ/MCT, Dannemann, Fibria, Kimberly, Klabin, Merck Sharp & Dohme Farmacêutica, Natura, Oxiteno, Sebrae, Vale, Weg, além de diversos apoiadores institucionais.

saiba + Ministro confirma participação na 14ª Conferência Anpei O ministro Marco Antonio Raupp, da pasta de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), aceitou o convite do presidente da Anpei, Carlos Calmanovici, para participar da abertura da 14ª Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, que será realizada nos dias 28 e 29 de abril de 2014, no ExpoCenter Norte, em São Paulo. O convite foi feito […]

O ministro Marco Antonio Raupp, da pasta de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), aceitou o convite do presidente da Anpei, Carlos Calmanovici, para participar da abertura da 14ª Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, que será realizada nos dias 28 e 29 de abril de 2014, no ExpoCenter Norte, em São Paulo. O convite foi feito em dezembro, em Brasília, quando Calmonovici teve um encontro com o ministro e o secretário executivo do MCTI, Luiz Antonio Elias.

“Será um momento de reflexão para o sistema como um todo, além de ser um evento fundamental na agenda dos nossos associados. A Conferência de 2014 marca os 30 anos de existência da Anpei e coincide com as quase três décadas de criação do MCTI”, destacou Calmanovici. “Vamos tratar de uma questão emblemática, em um momento no qual a inovação tem uma importância crescente”, completou.

O ministro aproveitou para dar sugestões de pautas a serem discutidas no evento, como o papel da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e um estudo recente produzido pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) sobre fontes de financiamento. “Estou convencido de que a parceria é fundamental e a Anpei é um dos atores importantes neste processo”, destacou Raupp.

Nesta edição, a Conferência abordará o tema “InovaAção – Modelos de Negócios Competitivos” e deve reunir mais de 1,5 mil participantes. Um dos destaques da programação será a participação de instituições estrangeiras com atuação equivalente a da Anpei em seus países. Já estão confirmadas as presenças das associações do Japão (Japanese Research Industries and Industrial Technology Association – JRIA), da Austrália (Australian Industrial Research Group – AIRG) e da Europa (European Industrial Research Management Association – EIRMA).

O evento também contará com dois keynote speakers estrangeiros. Um deles abrirá a Conferência, o outro deve fechar a programação. Em ocasiões anteriores, a abertura da programação principal era reservada para painéis institucionais. O painel de discussão das políticas públicas brasileiras de incentivo à inovação, o Workshop Sebrae, e as sessões paralelas para apresentação de cases de inovação serão mantidos no mesmo formato.

saiba + 14ª Conferência Anpei: inscrições com desconto maior até 13/2 Quem fizer inscrição antecipada para participar da 14ª Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, que acontece no ExpoCenter Norte, em São Paulo, nos dias 28 e 29 de abril, terá desconto no valor do pagamento. Os valores regulares para as inscrições são de R$ 750,00 e R$ 1.500,00 para associados e não associados, respectivamente, mas, até […]

Quem fizer inscrição antecipada para participar da 14ª Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, que acontece no ExpoCenter Norte, em São Paulo, nos dias 28 e 29 de abril, terá desconto no valor do pagamento. Os valores regulares para as inscrições são de R$ 750,00 e R$ 1.500,00 para associados e não associados, respectivamente, mas, até o dia 13 de fevereiro, a redução é de 15% para associados (R$ 637,50) e 25% para não associados (R$ 1.125,00). Os descontos serão reduzidos progressivamente e deixam de ser aplicados a partir do dia 16 de abril, quando os preços regulares passarão a ser cobrados. As inscrições podem ser feitas pelo site http://www.anpei.org.br/conferencia/.

O tema central desta edição, que marcará os 30 anos de fundação da Anpei, é “InovaAção – Modelos de Negócios Competitivos”. Uma das principais novidades da programação será a presença de dois keynote speakers estrangeiros. Um deles abrirá o evento, o outro deve fechar a programação.

Outro destaque da programação será um painel do qual participarão representantes de entidades co-irmãs da Anpei de outros países. O objetivo será discutir a inovação sob uma perspectiva global. Japão, Europa e Austrália já confirmaram presença.

O painel de discussão das políticas públicas brasileiras de incentivo à inovação será mantido no mesmo formato do ano anterior, uma vez que reúne os principais atores da área no Brasil, em especial representantes do governo federal e suas agências de fomento. Também estão confirmados o Workshop Sebrae, voltado para pequenas empresas, e as sessões paralelas de apresentação de cases de inovação. O evento conta com o apoio do SEBRAE, SENAI, FIESP, FAPESP e Investe São Paulo, entre outros.

saiba + Cases de inovação: últimos dias para inscrição Prazo para submissão dos resumos com preenchimento do formulário online vai até 30 de janeiro

Empresas e instituições científicas e tecnológicas têm até o dia 30 de janeiro para preencher o formulário online e inscrever seu case de inovação para ser apresentado na 14ª Conferência Anpei de Inovação, que será realizada nos dias 28 e 29 de abril de 2014, no ExpoCenter Norte, em São Paulo. Nesta edição, serão selecionados 24 cases para apresentação em sessões paralelas da Conferência, com o objetivo de compartilhar as melhores práticas e difundir a cultura de inovação. A expectativa é que mais de 80 cases sejam submetidos para o evento de 2014 – número similar ao da edição passada.

Os interessados devem preencher o formulário disponível no site http://www.anpei.org.br/conferencia/, onde também constam todas as instruções para a submissão. Os cases serão avaliados pelo Comitê Técnico, com garantia de sigilo absoluto durante todo o processo. O Comitê poderá sugerir alterações e recomendações para o aprimoramento dos resumos submetidos.

Serão usados os seguintes critérios para a avaliação: aderência ao tema central do evento (“InovaAção – Modelos de Negócios Competitivos”), resultados da inovação, impacto da tecnologia, estágio do esforço inovador, replicabilidade, originalidade, ineditismo e clareza do texto.

Os resumos serão avaliados pelo Comitê Técnico até o dia 15 de fevereiro. Até o dia 7 de março, o grupo fará a comunicação de aprovação ou sugestão de ajustes no conteúdo. Os aprovados terão até o dia 20 de março para enviar as apresentações em Power Point. A aprovação final das apresentações se dará até o dia 30 de março.

Mais informações pelo telefone (11) 3842-3533, com Ana Paula Andriello (apandriello@anpei.org.br) ou Debora Paes (debora@anpei.org.br).

saiba + Anpei recebe cases de inovação para apresentação na 14ª Conferência Prazo para submissão dos resumos com preenchimento do formulário online vai até 30/01/14

Empresas de qualquer porte ou setor e instituições científicas e tecnológicas que tenham desenvolvido projetos inovadores têm a chance de apresentar seu case na 14ª Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, que será realizada nos dias 28 e 29 de abril de 2014, no ExpoCenter Norte, em São Paulo. Nesta edição, está prevista a seleção de 24 cases, que serão apresentados durante o evento, em sessões paralelas, com o objetivo de compartilhar as melhores práticas e difundir a cultura de inovação.

O prazo para submissão de cases vai até 30 de janeiro de 2014. Os interessados devem preencher o formulário disponível no site http://anpei.tempsite.ws/intranet/conferencia//, onde também constam todas as instruções para a submissão. Os cases serão avaliados com base nos seguintes critérios: aderência ao tema central do evento (Modelos de Negócios Competitivos), resultados da inovação, impacto da tecnologia, estágio do esforço inovador replicabilidade, originalidade, ineditismo e clareza do texto. A expectativa é que mais de 80 cases sejam submetidos para o evento de 2014 – número similar ao da edição passada.

Mais informações pelo telefone (11) 3842-3533, com Ana Paula Andriello (apandriello@anpei.org.br) ou Debora Paes (debora@anpei.org.br).

saiba + Chamada para cases de inovação A 14ª Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, que será realizada nos dias 28 e 29 de abril de 2014, no ExpoCenter Norte, em São Paulo, está com inscrições abertas para a submissão de cases de inovação. Nesta edição, está prevista a seleção de 24 cases, que serão apresentados em sessões paralelas. O objetivo da apresentação […]

A 14ª Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, que será realizada nos dias 28 e 29 de abril de 2014, no ExpoCenter Norte, em São Paulo, está com inscrições abertas para a submissão de cases de inovação. Nesta edição, está prevista a seleção de 24 cases, que serão apresentados em sessões paralelas. O objetivo da apresentação de cases é possibilitar o compartilhamento de práticas e a difusão da cultura de inovação.

Podem participar empresas de qualquer porte ou setor e instituições científicas e tecnológicas. Os interessados devem preencher o formulário disponível no site www.anpei.org.br/conferencia até o dia 30 de janeiro. As avaliações serão concluídas até o dia 15 de fevereiro. Os cases serão avaliados segundo a aderência ao tema geral do evento (Modelos de Negócios Competitivos), os resultados da inovação, a clareza do texto, a originalidade, a replicabilidade, o ineditismo, o impacto da tecnologia e o estágio do esforço inovador.

Segundo o coordenador de comunicação do evento, João Guilherme Braga, a avaliação desta edição deverá ser mais rigorosa que nos anos anteriores, visto que serão selecionados 24 cases ante os 32 na edição anterior. O número de submissões, no entanto, deve continuar acima de 80 cases.

Mais informações pelo telefone (11) 3842-3533, com Ana Paula Andriello (apandriello@anpei.org.br) ou Debora Paes (debora@anpei.org.br).

saiba + Abertas as inscrições Evento será realizado nos dias 28 e 29 de abril, em São Paulo. Programação terá dois keynote speakers e participação de entidades estrangeiras.

A 14ª Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, cujas inscrições se encontram abertas pelo site www.anpei.org.br/conferencia, terá novidades em seu formato. Em 2014, o maior e mais tradicional evento sobre inovação do Brasil terá uma programação dinâmica e de forte conteúdo. A Conferência acontecerá no ExpoCenter Norte, em São Paulo, nos dias 28 e 29 de abril.

O evento é promovido pela Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) e conta com o apoio do SEBRAE, SENAI, FIESP, FAPESP e Investe São Paulo entre outros. O tema central desta edição, que marcará os 30 anos de fundação da entidade, é “InovaAção – Modelos de Negócios Competitivos”.

De acordo com João Guilherme Braga, coordenador de comunicação da Conferência, o foco da equipe técnica, no momento, é trabalhar o conteúdo do evento. “Sabemos que, por ser realizada em São Paulo, a Conferência terá um público maior que as anteriores e queremos que os participantes realmente aproveitem a programação do evento e os espaços para networking e discussão”, explicou.

Uma das principais novidades da programação é que a Conferência terá dois keynote speakers. Um deles abrirá o evento, o outro deve fechar a programação. Em ocasiões anteriores, a abertura da programação principal era reservada para painéis institucionais. “Vamos trazer o keynote speaker para o início da programação, a fim de dar à Conferência o tom inspirador que desejamos”, disse Braga.

Outro destaque da programação será um painel do qual participarão representantes de entidades co-irmãs da Anpei de outros países e regiões. O objetivo será discutir a inovação sob uma perspectiva global. “Eles falarão sobre o ambiente local de inovação o que possibilitará uma análise dos desafios da inovação no Brasil no contexto internacional”, informa Braga.

Já o Workshop Sebrae, que tradicionalmente é realizado antes da abertura oficial do evento, será dedicado à discussões com foco na inovação em empresas de pequeno porte e seus impactos positivos para a competitividade das cadeias produtivas brasileiras”, ressalta Braga.

Nesta edição, serão apresentados alguns cases práticos de empresas em sessões paralelas. “O processo de seleção será criterioso”, antecipa Braga, lembrando que em breve a Anpei fará uma chamada para as empresas que quiserem submeter seus cases ao processo de seleção (call for cases).

O painel de discussão das políticas públicas brasileiras de incentivo à inovação será mantido basicamente no mesmo formato do ano anterior, uma vez que reúne os principais players da área no Brasil, em especial representantes do governo federal e suas agências de fomento. “Em resumo, a Conferencia deste ano será uma oportunidade ímpar para ficar a par das principais tendências da inovação no Brasil e no mundo”, finaliza.

saiba + Inovação, mais negócios e objetividade com tecnologia 14ª Conferência da Anpei, que acontece nos dia 28 e 29 de abril, em São Paulo, discutirá os novos ecossistemas que vão mudar a cara da inovação no País.

14ª Conferência da Anpei, que acontece nos dia 28 e 29 de abril, em São Paulo, discutirá os novos ecossistemas que vão mudar a cara da inovação no País.

Até a década de 1990 era comum que as empresas brasileiras estruturassem seus centros de pesquisa e desenvolvimento (P&D) dissociados das demais áreas. Parcerias externas, então, eram raras. Nos últimos anos, porém, a forma com que as empresas de ponta inovam vem mudando radicalmente. A atividade passou a estar atrelada à composição da tecnologia com o modelo de negócio adequado. E os parceiros externos, como fornecedores, clientes, universidades e institutos de pesquisa, assumiram papel fundamental assim como todas as possibilidades de interação com eles, como open innovation, parcerias tecnológicas, corporate venture, venture capital e consórcios.

É essa nova tendência da inovação que norteará as discussões da 14ª Conferência Anpei de Inovação Tecnológica – o maior e mais tradicional evento sobre inovação do País. A Conferência, que acontece nos dias 28 e 29 de abril de 2014, no ExpoCenter Norte, em São Paulo, é promovida pela Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) e conta com apoios importantes como os do Sebrae, Senai, Fiesp, Fapesp e Investe São Paulo entre outros.

Segundo o presidente da Anpei, Carlos Calmanovici, o evento terá foco numa agenda mais econômica, de gestão da inovação voltada para a competitividade. Daí a escolha do tema central: InovaAção – Modelos de Negócios Competitivos. “É um momento de maturidade da Associação, e a Conferência de São Paulo representa também, de certa forma, a evolução do processo histórico da inovação no Brasil”, afirma ele, lembrando que em 2014 a entidade comemorará 30 anos de existência.

A programação indica a importância da inovação na agenda econômica e contará com especialistas internacionais em inovação, apresentação de cases de sucesso de empresas, painéis para discussão de políticas públicas e de mecanismos de estímulo à inovação, e apresentação dos resultados dos Comitês Temáticos da Anpei, que trabalham para mapear as melhores práticas em assuntos relevantes para inovação, como gestão da propriedade intelectual, gestão de centros de P&D, inovação em serviços, entre outros.

Cadeias de valor – As discussões do evento contemplarão a inovação no seu conceito mais amplo, que inclui, além da inovação em produtos, serviços e processos, a inovação em marketing e organizacional. “A inovação só funciona quando é suportada por um modelo de negócio estruturado de forma a fazer convergir as competências da empresa”, ressalta Calmonovici. Da mesma forma, não é mais possível explorar todo o potencial da P&D sem uma rede de cooperação adequada. É sob este prisma que despontam os novos modelos de interação com parceiros. “São ecossistemas diferenciados que estão em plena formação no Brasil e que mudarão a forma de fazer inovação nos próximos anos. Estamos vivendo um momento importante de transição”, afirma.

Um exemplo são as parcerias entre empresas. Elas aceleram o desenvolvimento das cadeias produtivas e consequentemente a competitividade das empresas, especialmente das pequenas. “Estimular a aproximação entre pequenas, médias e grandes empresas, encorajando a inovação, é criar valor em toda cadeia”, destaca Calmanovici. Nesse contexto, as startups, pequenas empresas de base tecnológica, com alto potencial empreendedor e, geralmente, com modelos inovadores de negócios, podem gerar um movimento extremamente positivo na sociedade.

Segundo Igor Santiago, diretor da I-Systems, uma startup da região de Campinas, e que integra o Comitê Técnico do evento, as parcerias das startups com outras empresas é vantajosa para todos. “A grande empresa, por exemplo, pode inovar com riscos e custos relativamente baixos, porque uma startup vem com conhecimento pronto ou quase pronto para ser encaixado no seu processo produtivo ou no modelo de negócio. E a startup porque tem acesso a grandes clientes, o que gera credibilidade, confiança, novos clientes e receita”, explica.

Ele lembra que as startups foram um dos principais vetores de crescimento da economia dos Estados Unidos nos últimos 30 anos. “São empresas com capacidade para gerar crescimento e ganhos de competitividade rapidamente”, destaca.